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No Mês da Consciência Negra, o Núcleo Ajeum celebra a existência de corpos pretos no Centro Cultural São Paulo

Até o dia 10 de novembro de 2024, sexta-feira e sábado às 20h, domingo às 19h, com entrada gratuita, o Núcleo Ajeum ( @nucleoajeum ), realiza uma temporada especial com dois espetáculos diferentes no Centro Cultural São Paulo, ao lado da Estação Vergueiro do metrô

Foto de Sérgio Fernandes


No Mês da Consciência Negra, o grupo apresenta os espetáculos “PADÊ” e “IKU”, que refletem, cada um à sua maneira, sobre a transformação e a revitalização dos corpos pretos através do movimento, da integração de suas experiências e da descoberta de suas subjetividades, exaltando a potência da vida e das experiências que geram sentido.


Em “PADÊ”, Djalma Moura, criador, coreógrafo e diretor do núcleo, instiga os bailarinos a externalizar desejos e pulsões de vida, criando uma dança ebó que arrasta as mazelas que afligem meninos e meninas negras, enfrentando os extermínios que os ameaçam. 


Esta dança revitaliza corpo e espírito, celebrando a vida e seus desejos carnais, partilhando boas notícias e transformando-se em um novo eu. É um convite ao gozo, prazer e gargalhadas.


“PADÊ” explora a manutenção da vida a partir da persistência e do desejo. Quais anseios nos mantêm vivos? Quais movimentos buscamos para encontrar vitalidade?


Já o espetáculo IKU transforma a percepção da morte, revelando-a como uma energia cíclica vital para os afrossentidos em momentos de passagem. Refletindo sobre a morte através da Ikupolítica, a montagem celebra a vida dos ancestrais e suas valiosas contribuições à comunidade.


O grupo mergulha em estruturas africanas e afro-diaspóricas, explorando a mitologia de Iku e o Cosmograma Bakongo, que entrelaça vida e sol. A Kalunga, símbolo da morte, reflete a fluidez do que nos constitui.


Neste contexto, o Núcleo Ajeum confronta o temor das vidas pretas, frequentemente alvo de injustiças, conectando-se aos saberes milenares do povo bakongo e destacando sua visão singular sobre a morte.


O espetáculo “IKÚ”  foi lançado em versão para o palco e versão de filme, ambas indicadas ao Prêmio APCA de 2022. A versão filme “IKÚ: A Morte Um Dia Acolherá o Orí” foi a vencedora deste prêmio na categoria “Espetáculo não estreia” em 2022. A versão presencial ganhou o Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança na categoria Direção e Dramaturgia, no mesmo ano


O Núcleo Ajeum, em seus últimos trabalhos, explora o ciclo de nascimento, vida e morte. Em “IKÚ”, a poética da morte evoca a perda, a reorganização comunitária e a celebração dos legados deixados. Já em “LAMA”, a manipulação do barro simboliza a revitalização do corpo, questionando suas relações. E em “PADÊ” busca respostas criativas sobre a desordem, convidando à reflexão e ao reencontro com a própria essência.


Informações: www.nucleoajeum.com, www.facebook.com/nucleoajeum e @nucleoajeum


Serviço: Temporada Núcleo Ajeum no Centro Cultural São Paulo


Espetáculo “PADÊ” 

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=V6t6hzgaf6Q

Sinopse: Semente olho de boi e casca de fava. Duas pedras fechadas e uma aberta. Vértebra, penas e sangue animal. Uma mesa que acolhe subjetividades na intenção de gerar fricções pelos caminhos. Atravessar e ser atravessado. Com os olhares e gestos, criar estripulias. Colocar o próprio corpo na dimensão de ebó, com a magia do gesto, é criar um portal entre múltiplas existências que atravessam o passado, presente e futuro. É como comer, mastigar, engolir, gozar e devolver ao mundo transformado em uma dança que se apoia na força embrionária de Exú para alavancar desejos de uma vida doce. Uma fenda está aberta e a dança que surge no processo de regeneração habita campos de saúde, cura e prazer. Pois queremos acreditar que para a manutenção de uma boa vida saudável é preciso roçar. Já que a vida é doce para nela se viver, vamos gargalhar. Duração: 60 minutos

Quando: 08 de novembro de 2024, sexta-feira, às 20h


Espetáculo “IKU” 

Sinopse: Uma comunidade é construída por centenas de acordos entre si. Acordos que operam na manutenção da vida, da pulsão existencial, dos prazeres e das partilhas que possam gerar sentido. O toque de IKU é um portal ambíguo que despeja desconfortos. Os ciclos de nascimento – vida e passagem – são a integração do vir a ser. Como um organismo vivo que se revitaliza e se transforma a cada movimento, é nesse movimento que descobre suas subjetividades. IKU é a energia surpresa que cria rupturas na circulação do axé, puxando outras camadas de renovação. É um gozo que descarrega os excessos. É a possibilidade de ancestralizar. A fuga da morte é o que temos em comum, mas IKU nos alcançará de uma forma ou de outra. O beijo de IKU é temido e a força desse temor é o que faz nossos corpos buscarem a revitalização das experiências comunitárias. Duração: 60 minutos

Quando: 09 e 10 de novembro de 2024, sábado às 20h, domingo às 19h


Onde: Espaço Cênico Ademar Guerra - Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade, São Paulo - SP, 01504-000. Ao lado da Estação Vergueiro do Metrô

Capacidade: 200 pessoas

Acessibilidade: sim

Não possui estacionamento

Classificação indicativa: 16 anos

Grátis

Os ingressos podem ser reservados online pelo link ou presencialmente.

Informações: https://centrocultural.sp.gov.br/pade-e-iku/


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